Clima esquenta na reunião de vereadores de Paragominas
A sessão ordinária da Câmara Municipal de Paragominas ‘pegou fogo’ na manhã desta terça-feira (18).
Com um grupo de vítimas da enchente de abril, professores sindicalizados e faixas de protesto no auditório, a vereadora Tatiane Helena fez a leitura do Salmo 103 para que fosse iniciada a sessão.
Com a pequena pauta do dia apresentada e apenas dois vereadores fazendo o uso da palavra, a presidente da casa, vereadora Denise Gabriel, deu por encerrada a sessão.
O presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério de Paragominas (SINPEMP), Ednaldo Colares, interferiu alegando haver solicitado a palavra através da tribuna popular.
A presidente fez menção da resolução nº 002/2011 em que o requerimento para o uso da tribuna deve ser protocolado na Câmara com a antecedência mínima de 72 horas.
O pedido do professor teria sido entregue com a sessão em curso.
Inconformado, Colares saiu do auditório e se dirigiu à mesa da diretoria da casa, subiu o tom de voz cobrando coragem da presidente: ‘Pra mim é covarde. É um ato de covardia’. Bradou o professor.
‘Eu vim denunciar, tornar público, tornar público para Paragominas, que a gestão municipal persegue a liderança sindical do município’.
De acordo com ele, o Prefeito teria negado seu pedido de mandato classista (que o permitiria ficar à disposição do SINPEMP) impedindo que assuma a presidência do sindicato para a qual foi reeleito recentemente.
Acalmada a situação, uma comissão de professores se reuniu com alguns vereadores que teriam se comprometido em questionar a recusa do poder executivo no atendimento de pautas da categoria.
As vítimas da enchente que estavam no auditório buscavam, mais uma vez, solução quanto às suas moradias. O caso foi mencionado por um dos vereadores, mas não entrou em discussão.
Por Célia Santos – Jornalista DRT 2988 PA