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Dia da Floresta: cidade paraense quer converter multas ambientais em áreas verdes de conscientização nas escolas

Município bastante ligado ao agronegócio, Paragominas tem reduzido taxas de desmatamento e foi uma das primeiras cidades do Norte a implementar lei municipal sobre o clima, em 2011.

Neste dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional das Florestas. Em Paragominas, no sudeste paraense, distante 292,4 km de Belém, um projeto sobre as mudanças climáticas quer converter multas ambientais em sistemas agroflorestais nas escolas.

Neste dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional das Florestas. Em Paragominas, no sudeste paraense, distante 292,4 km de Belém, um projeto sobre as mudanças climáticas quer converter multas ambientais em sistemas agroflorestais nas escolas.

A iniciativa faz parte de um programa, o “Paragoclima, que busca a conscientização da importâncias das florestas. As áreas verdes estão sendo implementadas em escolas indígenas, rurais e urbanas da cidade, que foi a primeira da região Norte a implementar uma lei municipal sobre o clima, em 2011.

Paragominas tem 105,5 mil habitantes e vem alcançando potencial de investimentos no setor agrícola e pecuário, devido às iniciativas de desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade e inovação tecnológica, como explica a coordenadora do Grupo de Trabalho Clima e secretária municipal do Verde e do Meio Ambiente de Paragominas, Amanda Purger.

“Os números em queda do desmatamento na cidade são resultados de ações que incluem desenvolvimento de políticas públicas que abrange todos os tecidos sociais, e vão das escolas municipais aos produtores, que fazem a economia local girar”. Paragominas tem a economia bastante impactada pelo agronegócio.

“O projeto de sistemas agroflorestais nas escolas, parte integrante do programa ‘Salas para o Futuro’, que está em processo de implantação, trabalha aspectos multifacetados. Por meio de uma educação transversal, traz vitrine de que é possível produzir dentro da floresta, protegendo-a”.

Segundo Purger, a perspectiva da criação dos sistemas dentro de escolas deve proporcionar aos estudantes a ampliação do olhar sobre áreas do conhecimento, e ainda sobre o cultivo de espécies vegetais típicas da Amazônia, como cacau, açaí e cupuaçu.

“Inicialmente, cinco escolas da cidade irão receber o projeto: uma em território indígena, duas na zona rural e duas na cidade”.

Uma das metas do município de Paragominas é zerar a emissão de carbono até 2030. Foi assinado um “Pacto pelo Clima e Desenvolvimento Territorial”, que faz parte do Projeto Paragoclima, buscando entre outras frentes incentivar a neutralidade de carbono, estimulando boas práticas agropecuárias no contexto da economia de baixo carbono.

Ações contra a derrubada da floresta

A cidade possui linha do tempo progressiva com ações voltadas ao meio ambiente há mais de 15 anos.

Em 2008, Paragominas entrou na lista de municípios prioritários, em momento bastante crítico devido ao avanço do desmatamento. No mesmo ano, foi assinado o primeiro pacto pelo desmatamento ilegal zero e, no ano seguinte, o segundo pacto, desta vez para legalização da produção.

Em 2010, apenas dois anos depois da inserção na lista, Paragominas, sai do ranking dos municípios de maiores desmatadores e em 2011 cria o primeiro código ambiental municipal. Até que em 2023, é assinado o pacto Paragoclima.

Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES) apontam que 63,2 quilômetros quadrados foram desmatados em 2008 na cidade. A partir de 2010, as taxas se mantiveram controladas e, em 2023, chegaram a 31,59 quilômetros quadrados – praticamente a metade dos índices antes das políticas ambientais serem implementadas.

Em um ano da assinatura do Pacto Paragoclima, o desmatamento caiu de 47 quilômetros quadrados para 31 km² – uma redução de 34%, bem maior que a registrada na Amazônia Legal Brasileira, segundo o Prodes.

“Essa luta em Paragominas começou a ser travada em 2008. Desde então, queremos desenvolver no município uma economia de carbono neutro. Os índices da cidade, assim como todo o Brasil, estão ligados ao desmatamento e degradação florestal, ao serem combatidos, também geram um maior sequestro de GEE, fazendo de nossa meta algo palpável”.

(G1)

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