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Braga fez consulta ao TJD-PA de possíveis punições em janeiro, mas teve resposta apenas em março

Diretoria do Tubarão se manifesta após suspensão do Parazão, diante de denúncia do PFC, e acusa o Itupiranga de má fé: “Eles tinham o conhecimento do julgamento e não notificaram o atleta”
Diretoria do Bragantino-PA se manifesta sobre denúncias

A diretoria do Bragantino-PA se manifestou após denúncia de irregularidade na escalação do meia Hatos, feita pelo Paragominas junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), que decidiu por paralisar o Campeonato Paraense até o julgamento do caso.

Em ofício divulgado, o Braga comprova que solicitou ao TJD-PA, no dia 14 de janeiro, a consulta de possíveis irregularidades de 22 atletas contratados para o estadual. O órgão respondeu apenas no dia 3 de março, segundo outro documento disponibilizado pelo clube de Bragança.

– O Bragantino está documentado. Temos o oficio que enviamos, através de e-mail, à Federação Paraense de Futebol, no dia 14 de janeiro de 2022. Foi solicitado o encaminhamento para o TJD e foi enviado pela FPF. Fomos o quarto clube a enviar. Tomamos nossas providências. A secretária do TJD pegou Covid-19 e ficou 15 dias de licença médica, fazendo tratamento. Até o dia 3 de fevereiro, quando o campeonato já estava rolando, não tínhamos recebido resposta do TJD. Fui até lá, solicitei a resposta ao ofício e eles nos notificaram através de e-mail, dizendo que o atleta Hatos tinha punição. Tomamos ciência e afastamos o atleta dos jogos oficiais – presidente do conselho deliberativo do Bragantino, Cláudio Wagner.

Ofício enviado pelo Bragantino-PA no dia 14 de janeiro

Ofício enviado pelo Bragantino no dia 14 de janeiro — Foto: Divulgação

Ofício enviado pelo Bragantino no dia 14 de janeiro — Foto: Divulgação

Ofício resposta do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará

Ofício resposta do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará no dia 3 de março — Foto: Divulgação

Ofício resposta do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará no dia 3 de março — Foto: Divulgação

A reportagem do ge entrou em contato com o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará, Mário Célio Alves, que preferiu não se pronunciar sobre o assunto neste momento.

– Não posso me manifestar sobre esses pontos, pois já estaria no mérito da situação em si. Isso será feito pela comissão na data da sessão de julgamento. Não seria ético me manifestar ou passar qualquer tipo de informação – conta Mário Célio.

Diretoria do Braga acusa Itupiranga de má fé

O meia Hatos foi expulso no primeiro jogo das quartas de final do Parazão 2021, quando atuava pelo Itupiranga. Ele cumpriu um jogo de suspensão e, após a eliminação do Crocodilo e sem vínculo com o clube, foi julgado pelo TJD-PA e pegou o gancho de cinco partidas.

Como o Itupiranga não notificou o atleta da audiência, não houve defesa no caso. Hatos deveria ter cumprido o restante da pena pelo Cametá, na Série B do Paraense do ano passado, mas atuou normalmente. Diante disto, sem nenhuma denúncia na Segundinha, ele deveria ter cumprido pelo Braga, que soube da irregularidade já com o Parazão em andamento.

– Queremos deixar claro que não estamos colocando a culpa em ninguém. Nem em Federação, nem em TJD, nem no Hatos. Sempre fizemos as coisas pelo lado certo. Agora, é aguardar o julgamento. Vamos nos respaldar. Houve má fé? Sim, do Itupiranga, pois eles tinham o conhecimento do julgamento e não notificaram o atleta para ir à audiência de custódia – ressalta Cláudio Wagner.

(GE/PA)

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