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Pará consome quatro vezes mais peixe que a média nacional

Peixe fresco lidera o consumo dos paraenses, com destaque para o tambaqui

O Pará tem um consumo de pescado 3,96 vezes maior que a média nacional. Os números são da nota técnica “Pesca paraense 2023”, divulgada, nesta segunda-feira (4) pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

O Pará tem um consumo de pescado 3,96 vezes maior que a média nacional. Os números são da nota técnica “Pesca paraense 2023”, divulgada, nesta segunda-feira (4) pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

O estudo aponta que enquanto no Brasil se consome 2,8 kg de pescado por habitante, no Pará, essa estatística sobre para 11,1 kg/habitante. A nota técnica disponibiliza um panorama da atividade pesqueira e aquícola paraense, para subsidiar decisões sobre o desenvolvimento do segmento estadual.

O titular da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural da Fapespa, Marcio Ponte, destaca que, a atividade pesqueira praticada de forma adequada e sustentável, pode auxiliar na execução de metas mundiais da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à má nutrição até 2030.

De acordo com a Fapespa, em 2022, a aquicultura do município de Paragominas produziu 3,1 mil toneladas, o equivalente a 22,4% da produção estadual. Paragominas também gerou a maior receita para o estado naquele ano (R$ 38,5 milhões), o que representou 20,8% do valor estadual.

O segundo e o terceiro municípios com maior atividade aquícola foram Marabá (7,6%) e Tucuruí (5%), em 2022. Os 10 municípios com maior produção na aquicultura paraense representaram 61,7% da produção estadual e, em relação ao ano 2014, que marca o início dos registros, quase todos apresentaram aumento na produção.

Tambaqui, Tambacu e Tilápia respondem por 86% da produção estadual

A nota técnica aponta que, em 2022, o tambaqui foi a espécie de maior produção no Pará (56,2% da produção estadual), seguido pelo tambacu (24,5%) e pela tilápia (5,9%). Juntas, essas três espécies somaram 86% da produção paraense.

O Pará foi o quarto maior produtor de tambaqui no Brasil em 2022, com participação de 3,6% do total produzido. Em relação ao ano do início da série histórica da Fapespa, o ano de 2013, todas as 10 principais espécies produzidas no Pará apresentaram aumento na produção acima de 100%, com destaque para o tambaqui e tambacu, que ultrapassaram o volume de mil toneladas.

Em valores de produção, a aquicultura paraense gerou R$ 185,4 milhões em 2022, sendo que o tambaqui contribuiu com R$ 100 milhões, ou seja, mais da metade (53,9%) do valor que foi gerado no Estado. Em segundo e em terceiro lugares com maior valor de produção ficaram o tambacu e a tilápia, com 23,5% e 5,8%, respectivamente.

Peixe fresco lidera o consumo dos paraenses

A nota aponta que o peixe fresco é o preferido dos paraenses. Por habitante, o consumo anual desse tipo de pescado é de 2 kg, representando 17,6% do pescado consumido por pessoa no Estado. Somando todos os tipos de pescado, a população paraense consome 11,1 kg de pescado por habitante.

O consumo per capita anual de pescado no Brasil está bem abaixo da média paraense, com 2,8 kg consumidos por habitantes. Os números acima consideram o ano de 2018, dado mais recente da série histórica da Fundação.

Exportações

Nas exportações, o Pará atinge marca recorde. Considerando a série histórica, desde 2009, o crescimento foi de 217%, possibilitando que o estado fechasse 2022 com arrecadação de US$ 82,02 milhões na exportação de pescado.

Considerando a exportação por municípios paraenses, Belém despontou em 2022 com participação de 63,6% do total da quantidade exportada; seguida por Bragança (14%) e Curuçá (11,1%).

Empregos

Sobre o mercado de trabalho, há crescimento de vínculos a partir de 2014. O dado mais recente deste cenário refere-se ao ano de 2021, com o Pará atingindo o valor recorde da série histórica, com 3.566 vínculos.

Belém também lidera o número de empregos formais, em 2021, com 1.727 postos; Vigia (553 postos) e Bragança (505 postos). A atividade de comércio atacadista de pescados e frutos do mar foi a que mais cresceu em número de estabelecimentos (26,3%).

(O Liberal)

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